Do ciclo de crónicas e flashs que escrevi e publiquei sobre Roberto Carlos

Pela segunda vez, em São Paulo, e no que concerne a shows agendados para este ano, Roberto Carlos, desta feita em Sorocaba, adiou mais um espetáculo devido a problemas de saúde. Um problema que eu próprio sofro a dor ciática. E só nós que passamos por isso é que damos o devido valor a todos que enfrentam essas dores terríveis.

Quem conhece Roberto Carlos sabe muito bem que ele, aos 75 anos de idade, continua a ser um guerreiro e que, em pleno palco, se esmera para fazer delirar todos os seus fãs que, normalmente, enchem literalmente as plateias. Só quem assiste a shows do Roberto corrobora isso e nós estamos incluídos nesses grupos de fãs que, sempre que lhes é possível, acompanham o rei.

Logo que foi conhecida a notícia do cancelamento do show, as preces a Deus para que Roberto se recupere rapidamente foram imensas. De resto, quando acontece algo semelhante, os fãs logo se apresentam com as suas orações e pedidos a Deus por Roberto Carlos.

E eu, neste momento, ao encerrar este apontamento, ouço Roberto Carlos cantar Jesus Cristo. 

E, na verdade, não tenho a menor dúvida de que, neste momento, Deus está de novo com o rei Roberto Carlos.

Há vizinhos e vizinhos. E esta coisa de vizinhos sempre tem muito que se lhe diga. Há vizinhos chatos, que fazem uma barulheira durante a noite, que se embriagam, dão bordoadas nas mulheres, enfim, a tal vizinhança que a gente nunca deseja. Mas, por cada recanto que vamos, esses tais vizinhos indesejáveis aparecem e muitos deles fazem coisas do arco-da-velha, algumas delas, inclusive, de caráter tragicómico.

Mas, por outro lado, há aqueles vizinhos que nos satisfazem pelas suas atitudes que não incomodam nada, mesmo que barulhentos. Agora, nesta mudança, deparei com um vizinho que só houve Roberto Carlos ao café, ao almoço, ao jantar e, paradoxal que possa parecer, também quando vai para a piscina. Para ele, tudo são emoções robertocarlísticas. E, depois de ver um porco andar de bicicleta, já não me admiro nada que esse dito vizinho, no seu tempo reservado à sexologia, ouça a voz do Roberto Carlos com a tal famigerada frase: “sexo com sorvete”.