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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Do ciclo de crónicas e flashs que escrevi sobre Roberto Carlos - king (Roberto Carlos) felicita king (Pelé)


king (Roberto Carlos) felicita king (Pelé)
(27 de outubro de 2010) 

Quando em 1977 Edson Arantes do Nascimento, vulgo Pelé, recusou um fabuloso (o segundo) contrato com o Cosmos, eu encontrava-me em New York, naquela que foi a minha primeira (das oito realizadas) viagem aos Estados Unidos. Porque estava há pouco tempo no jornal "A Bola" (sensivelmente seis anos), óbvio que, através deste cotado OCS, procurava, com todo o meu frenesim, marcar a minha assídua presença e, daí, face à recusa de Pelé para continuar a servir o Cosmos, tentei uma reportagem com o king, mas em vão os meus intentos porque, ao chegar ao apartamento onde ele morava, levado por um amigo que bem conhecia o seu paradeiro, fui informado que, no dia anterior, já tinha rumado para este Brasil onde me encontro. Quem diria, mas é verdade. Há situações que o destino nos interliga como é o caso de agora.

Pelé continua a ser um ídolo para milhares e milhares de adeptos do futebol. Por onde passa, é sempre notado e, sobretudo, assediado pelos mais jovens, mormente os caçadores de autógrafos. Pelé, indiscutivelmente, uma lenda do futebol como não há igual. Próximo, talvez, mas sem a verdadeira cátedra que catapultou Pelé para a grande ribalta, para uma fama que tem, em nosso entender, a marca da eternidade.

Pelé, recentemente, completou 70 anos de idade e, como não podia deixar de ser, esta data não foi esquecida, inclusive pela CBF que a ele dedicou a rodada do Brasileirão que foi disputada no fim-de-semana de 23 e 24 de Outubro. Pelé recebeu felicitações de muitas figuras gradas do futebol e, para além destes, a sua data de aniversário foi, com pompa e circunstância, assinalada nos Estados Unidos, concretamente em New York. Hoje por hoje, no seio do soccer americano e, também, no do Cosmos, Pelé continua a ser aquela figura marcante, o "mago da bola", como eu ouvi da boca do porteiro do apartamento onde ele morava em New York.Das muitas felicitações televisivas a que tive oportunidade de assistir, a que mais me impressionou, por motivos sobejamente conhecidos, foi a do king Roberto Carlos.

Afinal, um abraço de king para king. E caso curioso é que Pelé, ao que dizem, também "arranha" um pouco na viola. Mas, do king Roberto Carlos (o meu king), esta mensagem de parabéns também levava, por certo, a Cruz do Clube de Regatas Vasco da Gama, que faz parte da história de Pelé porque foi num esgrimir com o "nosso" Vasco, que Pelé apontou o milésimo golo.

De king para king, aquele abraço sincero. São duas figuras que, por onde passam, deixam a marca do "seu" Brasil. Ao cabo, dois grandes arautos do país que foi descoberto por Pedro Álvares Cabral.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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