Era um dia de festa em Cachoeiro de Itapemirim. Mas, apesar da animação, as coisas corriam naquele ano de 1946, tranquilas. O menino Roberto Carlos, ansiosamente feliz nos seus inocentes cinco anos de idade, exibia sua alegria desfilando de sapato novo comprado por Dona Laura, a mamãe costureira, para o filho caçula. Ninguém tinha pressa para nada. Só o trem corria cortando a cidade como a anunciar a chegada de amigos, parentes, enfim, a mostrar que a vida continuava. Na ingenuidade de seus cinco anos, vividos com humildade, mas com muita felicidade ao lado do pai (Robertinho), da mãe Laura e dos três irmãos.
A MÚSICA DENTRO DO CORAÇÃO – Correr atrás da bola, brincar de pique-esconde ou simplesmente ficar vendo o trem passar não era mais possível. Mas o menino sem uma das asas já tinha a música dentro do coração e com ela poderia voar melodicamente na imaginação.
Durante muitos dias o menino Roberto Carlos foi assunto na cidade na qual acabou virando, não por causa de uma fatalidade, mas por força do seu talento, um assunto definitivo.

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